Conheça os diferentes tipos de samambaia e como cultivá-los
Você sabia que as samambaias dividiram o planeta Terra com tiranossauros e pterodáctilos? Pois é! Conhecidas como as “dinossauras” das plantas, elas mudaram muito pouco através do tempo, obtendo os recursos necessários para a sua sobrevivência e se perpetuando de geração em geração.
Para além da curiosidade, porém, estas plantas anciãs são perfeitas para quem deseja criar um jardim em casa, já que são de fácil manutenção, se dão bem tanto em casas quanto em apartamentos e dispõem de uma grande variedade de espécies – são mais de 12 mil existentes no mundo, mais de mil apenas no Brasil.
Muitas delas são queridas por nossas avós, mas ganharam popularidade também entre paisagistas e designers de interiores nos últimos anos também. Apesar de serem nativas de matas, elas podem ser utilizadas nos projetos de decoração e garantem um caimento que embeleza qualquer ambiente.
Se você está em busca de mais uma plantinha para a sua Urban Jungle ou jardim vertical, não pense duas vezes: vá de samambaia. Aqui, você encontra algumas e as dicas de cultivo, inspirações de projetos e locais onde você pode posicionar a sua planta vantagens de tê-la em casa. Confira:
Como cuidar de samambaia
Solo
Talvez o maior cuidado com relação às samambaias seja a necessidade de um solo úmido. Por serem de clima tropical, o ideal é que o seu substrato esteja sempre úmido para mantê-la saudável.
Outro ponto importante é que, antigamente, as espécies eram plantadas em xaxim. Devido à sua proibição por ser extrativismo vegetal, porém, hoje se utiliza fibra de coco como alternativa. Isso porque as samambaias precisam de uma terra com substratos naturais e rica em nutrientes para crescer bem.
Assim, quem cuidar da planta pode procurar por adubos específicos para a planta em lojas especializadas – e lembre-se que alternar compostos pode garantir uma alimentação variada. Adube mensalmente, mas apenas depois de esperar 6 meses de crescimento inicial no vaso. Veja um guia completo sobre os tipos de solo aqui!
Correntes de ar
Samambaias não gostam de ventanias porque elas as ressecam e fazem com que as suas folhas amarelem ou se desprendam. Por isso, a fim de manter a folhagem em ordem, certifique-se de que elas estejam longe de portas e janelas que sejam passagem para correntes de ar. E nada de colocá-las próximas a ar-condicionados!
Luz solar
Quanto à incidência de luz solar, o ideal é que esta seja suave. A iluminação intensa pode provocar o enfraquecimento da planta e o escurecimento de suas folhas. Prefira posicioná-la perto de janelas que não recebem tanta luz solar e estejam longe de correntes de vento.
Rega
É importante que o solo da samambaia esteja sempre úmido. Você pode regá-la todos os dias, com o cuidado para não encharcá-las. Ou seja: não é preciso que a terra esteja cheia de água, e sim apenas úmida.
Poda
Apesar de serem resistentes, as samambaias podem sofrer com algumas doenças caso não estejam úmidas. Se isso acontecer, é hora de podar a planta. Livre-se das áreas danificadas – mas, se a planta inteira estiver doente, é melhor retirá-la do espaço para evitar que a doença se prolifere para outras plantas.
Vaso ideal
Opte por um vaso de plástico em vez dos de barro, já que, assim, uma maior umidade será retida. Se você quiser deixar o ambiente ainda mais úmido, utilize um umidificador no local. (Veja como escolher o vaso perfeito para sua planta aqui!)
A samambaia é uma planta de rápido crescimento e, por isso, pode ultrapassar o tamanho do vaso original. Quando isso acontecer, o ideal é transplantá-la para um reservatório maior. Uma planta grande pode ser dividida em plantas menores. Basta seguir estes passos:
- Cave as raízes
- Separe as plantas em algumas partes
- Replante cada samambaia em um local diferente, regando-as bem.
Pragas
Caso você note a presença de pragas em sua samambaia, remova-as com as próprias mãos, pois não é indicado utilizar pesticidas nesta planta.
Onde colocar a samambaia
Apesar da sua fama de “imortais”, as samambaias necessitam de todos os cuidados mencionados acima. O ideal é ir também testando a localização delas em sua casa até notar onde ficam melhor adaptadas. Aqui vão algumas ideias:
Veja também
Quais os tipos de samambaia
Como dito, há muitas espécies de samambaias existentes e disponíveis para trazer ao interior da casa. Algumas, porém, são mais indicadas por suas características e peculiaridades.
Samambaia-americana
Também conhecida como samambaia de Boston, esta planta é uma das espécies mais comuns nos lares brasileiros desde os anos 1980. Com as suas longas folhas subdivididas, vai bem em jardins verticais de parede, sobre armários, penduradas sobre a cama e combinada com outras plantas.
Perene, ela pode atingir de 40 a 90 centímetros e, em alguns casos extremos, até 1,5 metro. Além disso, a samambaia-americana tem coloração verde clara e normalmente forma touceiras volumosas que demonstram texturas bonitas.
Samambaia havaiana
Hoje, a samambaia havaiana é a planta miniatura do grupo de espécies em formato miniatura mais cultivada no Brasil. De porte pequeno, ela é ótima para espaços internos e diminutos. As suas folhas permanecem compactas durante todo o ciclo de vida e a sua aparência escultural e felpuda também se manterá.
Samambaia jamaicana
Em outra versão pocket, a samambaia pode vir com folhas curvas, menores e delicadas. Estamos falando da espécie jamaicana, cuja folhagem ornamental fica muito bonita em jardins verticais e vasos pendentes.
É também possível utilizá-la em espaços horizontais para compor com outras plantas e arranjos. Ela se desenvolve bem desta forma, gerando novos galhos dos quais novas folhas brotam. Quando encostam na terra, estes galhos enraízam, fortalecendo a planta e dando sequência ao seu desenvolvimento.
Samambaia azul
De grande efeito ornamental, a samambaia azul pertence à família selaginella, enquanto a maioria das samambaias pertence à família pteridaceae. Seu nome vem dos reflexos azulados em suas folhas, cuja visualização depende tanto da iluminação quanto do ângulo de que se vê. Contudo, as suas folhas são verdes.
A planta é considerada de grande porte e as suas folhas, que saem do rizoma, podem chegar até 1 metro de comprimento. Ela também não é comestível e pode causar irritação e intoxicação. Para evitar o contato com bichinhos de estimação e crianças, o ideal é posicioná-la em jardins suspensos. Que tal?
Samambaia Amazonas
Nativa do Brasil, a samambaia Amazonas é de grande porte e rápido crescimento. As folhas alcançam até 1 metro de comprimento e nascem diretamente do rizoma com penugem marrom-clara.
Epífita, esta planta cresce na natureza agarrada a troncos e pedras, utilizando as superfícies como apoio para se proteger e garantir alguma altura. É vistosa e diferente, mas atenção: possui em sua composição uma substância que pode causar irritação, então é melhor mantê-la longe de crianças e pets.
Cacto samambaia
Apesar de ser um cacto, esta espécie é assim chamada porque, como as samambaias, vivem de forma pendente. No mais, necessitam de longas horas de exposição direta ao sol e são originárias de regiões mais áridas, como o sul do México.
O cacto samambaia produz grandes e lindas flores brancas com múltiplas pétalas. Elas se desabrocham apenas na escuridão e voltam a se fechar no amanhecer. Os espinhos, por sua vez, não são muito agressivos mas não dispensam cuidados ao manuseio.
Mesmo sem flores, o cacto samambaia pode ser utilizado de forma ornamental nos interiores e preenche o vaso com facilidade devido ao seu hábito de crescimento fácil e rápido.
Quais as vantagens da samambaia no ambiente
Vê-se pelas fotos os benefícios estéticos que as samambaias podem trazer para qualquer casa. Mas elas também possuem outros efeitos positivos. Como outras plantas, a samambaia ajuda a manter a umidade do ambiente através da transpiração, tornando-o mais agradável.
Além disso, acredita-se que a planta é capaz de remover poluentes do ar, como o formaldeído. Enquanto isso, as suas raízes e rizomas são consumidas para produção de alguns chás e receitas que auxiliam em algumas condições da saúde humana.
O broto, por sua vez, está envolvido em muitas polêmicas. É comum em refogados na área central de Minas Gerais e no Vale do Jequitinhonha, porém alguns pesquisadores defendem que, mesmo fervido, o broto faz mal. Ele possui um componente cancerígeno que tem efeitos semelhantes à radiação e que pode levar à dependência.
No entanto, é de extrema importância que, antes de consumir qualquer coisa, consulte-se um médico e suas orientações.
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